Cruzeiro caiu após perder do Palmeiras (Alessandra Torres/AGIF)

O dia 8 de dezembro entrou para a história do Cruzeiro como o dia mais triste em quase 99 anos de existência. Pela primeira vez desde sua fundação, a Raposa foi rebaixada - o time caiu no Brasileirão com a 17ª colocação e apenas 36 pontos conquistados em 38 rodadas. E o cenário é dos mais desfavoráveis.



O Cruzeiro tem dívidas superiores a R$ 600 milhões. Para piorar, o clube é o recordista de processos contra si na Fifa - quatro deles já resultaram em condenações. Os mineiros estão correndo sério risco de ficarem impedidos de contratar jogadores por um ano para o elenco principal e para a base, além de perderem seis pontos no campeonato nacional.

Tudo por causa do não pagamento das compras de Riascos (Morelia), Sobis (Tigres), Arrascaeta (Defensor) e Denilson (Al Wahda).

Além de tudo isso, o Cruzeiro vai se deparar com uma realidade financeira muito pior em 2020. A queda para a Série B reduzirá a cota de TV para o Brasileiro para cerca de R$ 6,5 milhões - na primeira divisão, o clube estimava faturar mais de R$ 60 milhões em 2019.

Logo de cara, o descenso obrigará a diretoria a promover um enorme desmanche. Isso porque a folha salarial de R$ 15 milhões mensais, que sempre foi paga com atraso ao longo da temporada, não cabe mais no orçamento cruzeirense.



Fred (R$ 1,2 milhão por mês de salário), Pedro Rocha (R$ 1 milhão), Rodriguinho (R$ 800 mil), Fábio (R$ 750 mil), Thiago Neves (R$ 700 mil), Dedé (R$ 690 mil), Dodô (R$ 650 mil), Henrique e Robinho (R$ 600 mil) e Edilson (R$ 500 mil) são alguns dos atletas que terão enorme dificuldade em ficar, devido ao altíssimo custo.

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