Na entrevista após a vitória do Cruzeiro por 3 a 1 sobre o Paraná, nesse sábado (veja os melhores momentos no vídeo acima), Mano Menezes foi questionado e falou coisas importantes sobre dois jogadores do elenco cruzeirense: David e Rafael Sobis. O primeiro tem apenas 23 anos, é uma promessa e foi contratado por aproximadamente R$ 10 milhões junto ao Vitória. O segundo é veterano, tem 33 anos e já não mostra a mesma intensidade de outras fases da carreira. Nenhum deles é titular da equipe, mas o treinador tem boas expectativas e avaliações sobre os dois.

Sobre David, a evolução passa, na opinião do Mano, por um resgate de características. Como ficou um tempo sem atuar (em função de uma lesão na coxa) e, depois de recuperado, ainda não teve uma grande sequência de jogos, o atacante precisa, ainda segundo o treinador, de relembrar e voltar a executar bem sua função em campo.

- A condição de David, hoje, é bem próxima do que ele era. Só não está como era porque faltam os detalhes do jogo, uma sequência maior. Às vezes, quando você atravessa esses momentos, você perde a sua referência pessoal de jogador. É isso que estamos tentando recuperar com ele. Ele é um jogador de profundidade, não é um armador. Quando o time pega a bola, ele não tem que vir de encontro à bola, ele tem que atacar espaços. Jogadores de profundidade, de velocidade, têm que atacar espaços vazios que o adversário deixou descoberto. David tem que fazer isso. Nosso meio-campo pegou a bola, ele estava aproximando para receber a bola. Não tem que aproximar. Temos outros jogadores para fazer aproximação. Ele é um jogador que está entrando para fazer a profundidade. Tem que fazer.

Sobis, por sua vez, recebeu grandes elogios do treinador. E as palavras ditas por Mano foram em referência principalmente à importância do jogador fora das quatro linhas.

- Os times campeões sempre têm jogadores como o Rafael Sobis. Que não são tão valorizados, não são tão vistos entre os 11 que entram mais vezes em campo, mas que são peça fundamental no dia a dia, em momentos importantes, pela vivência, pela experiência de já ter passado isso muitas vezes, pela humildade de saber que hoje já entra em outro estágio de carreira e que as contribuições às vezes são mais fora de campo, no dia a dia, do que no jogo propriamente dito. Você não é campeão sem esses jogadores. Esses caras são fundamentais, por isso a gente respeita tanto eles e valoriza o jogador por tudo isso que ele significa para a gente no dia a dia. Merece todo o nosso respeito - concluiu.