Pelo segundo ano consecutivo, o Cruzeiro é o primeiro time brasileiro a conseguir "fechar" o calendário do ano seguinte. O hexacampeão da Copa do Brasil é o único brasileiro até agora garantido na Libertadores, sabendo que, além da competição continental, ainda terá Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro pela frente. Muito por isso, tem pouco ou nenhum objetivo nas últimas rodadas do campeonato nacional, o que ajuda a explicar em parte a atuação na derrota por 2 a 0 para o Ceará.

O resultado é ruim para o Cruzeiro na busca de se aproximar do G-6 do Brasileiro, pois se vencesse ficaria a três pontos do sexto colocado, o maior rival Atlético-MG. O resultado o deixa no meio dos dois objetivos – a seis do G-6 e a sete da zona do rebaixamento. Basicamente, duas vitórias o livram de uma queda, enquanto o voltariam também a deixar próximo dos primeiros lugares.

O time cruzeirense teve uma atuação com muita intensidade diante da Chapecoense, garantindo a vitória por 3 a 0 ainda no primeiro tempo e indo contra a expectativa de que entraria em um ritmo mais lento por causa da proximidade das comemorações do título da Copa do Brasil. Entretanto, este ritmo diminuiu, principalmente no segundo tempo, contra o Ceará.

A queda de ritmo na segunda etapa ficou evidente nos contragolpes do Ceará, que se aproveitou de erros individuais do Cruzeiro para marcar os gols e vencer a partida. Mas a queda de ritmo e falta de motivação são normais para uma equipe que não tem grandes obrigações em 2018.

Mano Menezes já até citou este tipo de situação ao longo da temporada, afirmando que é quase impossível manter o foco dos jogadores da mesma forma e em todas as partidas. Por isso, é mais do que natural para os atletas campeões relaxarem em partidas menos decisivas.

Faltando oito partidas para a equipe cruzeirense disputar, Mano Menezes tem a missão de tentar motivar seus atletas até o fim da temporada e também de testar peças que foram menos utilizadas durante o ano.