Dedé se sentiu perseguido pelo árbitro Andrés Cunha, do Uruguai, na eliminação do Cruzeiro para o Boca Juniors, no Mineirão. Ironicamente, o zagueiro - personagem do primeiro jogo com expulsão injusta na Bombonera e suspensão revista posteriormente pela Conmebol – voltou a levar cartão vermelho, dessa vez em definitivo.



- Era um risco para os caras eu ir para a área e acontecer o que aconteceu lá. Tomei um cartão sem necessidade. E no segundo lance, todo mundo sabe que, quando o juiz para a bola, a bola fica com quem dominou. Eu tinha a posse dela, mas o juiz deu dois lances. Ele jogou para quem pegar. Eu tentei pegar com a perna esquerda, mas a minha perna direita bateu no joelho do Pavón. Não era lance para cartão, lance normal que a bola correu. Infelizmente, alguma coisa a gente vê que não é só dentro de campo.

Outra vez...

Antes dos episódios da Libertadores 2018, a última expulsão de Dedé havia ocorrido em 2010, quando era jogador do Vasco. Ele levou o vermelho após uma falta em Willians, do Flamengo. Como foi expulso nos dois jogos das quartas de final da atual Libertadores, mesmo com o primeiro vermelho revogado, Dedé, provavelmente, passou por algo inédito no futebol. A suspensão automática é regra nos casos de expulsão. Portanto, se não fosse uma situação atípica, ele não estaria em campo contra o Boca Juniors para levar o segundo cartão vermelho consecutivo.

O primeiro cartão amarelo sofrido por Dedé foi após trombada com o goleiro Rossi. Como houve a lesão de Andrada, na Argentina. Dedé considerou que o árbitro caiu na encenação feita pelo goleiro do Boca.

- Toda jogada que eu fiz de bola na área, sofri falta. O goleiro errou o tempo de bola e, nesse lance, eu não consegui pelo fato de ele me puxar. O árbitro disse que quando eu fosse na área, ele iria me advertir. No primeiro lance do segundo tempo, quando trombei ombro a ombro com o goleiro, ele me deu amarelo. E o goleiro se jogou, fingiu que eu tinha dado a mesma cabeçada sem querer no goleiro lá. Ele fez o drama e o juiz me deu amarelo.

O foco de Dedé agora está nas finais da Copa do Brasil. O defensor considera que o Cruzeiro não ficará abalado para disputar a taça com o Corinthians. A Raposa pode conquistar o hexacampeonato do torneio, com o feito inédito do bi consecutivo. O primeiro jogo da decisão será na próxima quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Mineirão. Na semana seguinte, a finalíssima será disputada na Arena Corinthians, em São Paulo.