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4/10/2018 08:28

Quase herói em 2009, capitão Henrique revela obsessão por título inédito com o Cruzeiro

Quase herói em 2009, capitão Henrique revela obsessão por título inédito com o Cruzeiro
Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Um elenco recheado de atletas experientes... Fábio, Edilson, Dedé, Léo, Robinho, Thiago Neves, Barcos, Fred... Só para citar alguns. Todos têm o objetivo de conquistar títulos com o Cruzeiro. E, claro, sonham com a Taça Libertadores. Para o volante Henrique, a competição tem um significado ainda mais especial.



Cinco vezes campeão mineiro (2008, 2009, 2011, 2014 e 2018), duas do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e uma da Copa do Brasil (2017), em duas passagens pela Toca da Raposa (de 2008 a 2011, e desde 2013), o atual capitão cruzeirense tem 450 partidas disputadas com a camisa estrelada e estava em campo naquela final de 2009, quando o Cruzeiro foi batido pelo Estudiantes por 2 a 1, de virada, no Mineirão.

Mais do que ver a conquista escapar, dentro de casa, e de virada, Henrique poderia ter se juntado a personagens como Joãozinho (em 1976) e Elivélton (em 1997), já que esteve perto de ser o herói contra o Estudiantes. Foi dele o gol que abriu o placar no Mineirão, aos seis minutos do segundo tempo. Tivesse a Raposa mantido o placar, o volante teria entrado no hall dos campeões e dos heróis da principal competição do continente.



Nesta quinta-feira, a possibilidade de manter vivo o sonho de um título inédito com o Cruzeiro estará em jogo na partida contra o Boca Juniors, às 21h45 (de Brasília), no Mineirão, no duelo de volta das quartas de final da Libertadores. Na partida de ida, a Raposa foi derrotada por 2 a 0, na Bombonera, em Buenos Aires, na Argentina, quando houve a polêmica expulsão do zagueiro Dedé, que se chocou com o goleiro Andrada em disputa de bola e acabou recebendo o cartão vermelho, após o árbitro paraguaio Eber Aquino consultou o vídeo (VAR) e, mesmo assim, aplicar o cartão ao zagueiro.

Para avançar às semifinais, o Cruzeiro precisa vencer por três gols de diferença ou ganhar por 2 a 0 para levar a disputa da vaga para os pênaltis. Qualquer outro resultado classifica o Boca Juniors.

Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, Henrique, de 33 anos, falou sobre o duelo desta quinta-feira, a "obsessão" de conseguir a classificação contra o Boca Juniors e sobre o que a Libertadores representa para o elenco cruzeirense. Confira!



Você é campeão mineiro, brasileiro e da Copa do Brasil pelo Cruzeiro. A Libertadores é um dos poucos troféus importantes que você ainda não conquistou pelo clube. O que ela representaria para você, pessoalmente, e na sua história vitoriosa no Cruzeiro?

- Conquistar a Libertadores pelo Cruzeiro seria a plena realização de um sonho pessoal e profissional. Quando você começa no futebol, você imagina as glórias, títulos e vitórias épicas, e tudo isso o Cruzeiro me proporcionou no futebol.

"Sou imensamente grato ao clube por tudo e me sinto um privilegiado por ter conquistado dois Brasileiros e uma Copa do Brasil, sendo o capitão. A Libertadores viria para fechar um ciclo de conquistas que todo jogador brasileiro sonha"
- Sei da importância que essa taça tem no mundo do futebol e o quanto o torcedor anseia por esse título, e é por isso que estamos muito focados nessa decisão de quinta-feira.

Sobre 2009, a torcida ainda lamenta aquela final contra o Estudiantes. O Cruzeiro esteve perto e viu o terceiro título da Libertadores escapar. Naquele jogo, inclusive, você fez o gol que colocou o Cruzeiro em vantagem, já no segundo tempo (depois o Estudiantes virou o placar). O que ficou daquilo para você, de saber que poderia não apenas ter sido campeão, como ainda ter sido o herói daquela conquista? E num momento em que você ainda não tinha a identificação que tem hoje com o clube e a torcida...

- A final da Libertadores de 2009 foi um momento ímpar não só na minha trajetória aqui no Cruzeiro, mas na minha carreira como jogador profissional. É a disputa máxima, o maior jogo da temporada no continente.



"Estávamos muito confiantes, tínhamos um time espetacular e o apoio incondicional do nosso torcedor. Infelizmente, o título não veio. Mas, agora, temos outra chance de escrever novas páginas heroicas, como diz nosso hino"

- Temos um grupo experiente e cascudo, e vamos com tudo pra cima do Boca em busca dessa classificação.

Como atual capitão da equipe, tem uma motivação extra para ser campeão e levantar a cobiçada taça, ainda que no elenco estejam outros jogadores experientes?

- Ter a possibilidade de ser campeão da Libertadores já é uma motivação incrível para qualquer atleta. Para mim, não tem essa de "o capitão levanta a taça, porque somos todos um só. No acerto ou no erro o protagonista sempre será o grupo. Estamos juntos nessa caminhada, com todos remando na mesmo direção e sentido.



"A minha motivação extra é olhar para o lado e ver tanta gente boa, caras consagrados no futebol, com carreiras lindas correndo e dando a vida por cada bola"

- As conquistas são consequência de toda essa doação que nosso grupo tem demonstrado a cada batalha nas últimas temporadas.

O sonho do título e de tudo que falamos passa, é claro, por inverter a desvantagem de 2 a 0 na Bombonera e eliminar o Boca Juniors. O quanto a experiência do grupo cruzeirense pode ser decisiva para conseguir a classificação? E, caso aconteça, o que uma classificação assim, invertendo essa desvantagem - e contra um adversário como o Boca -, pode representar para a sequência na Libertadores?

- Neste momento, a partida contra o Boca, com certeza, é a mais decisiva e importante do ano. Acredito que será um jogo muito complicado e difícil, Libertadores por si só é assim. Mas temos totais condições de reverter o resultado e alcançar a classificação. Nosso time é cascudo e está completamente focado no objetivo. Conhecemos a qualidade do adversário, que tem uma equipe muito qualificada, de toque de bola. Estamos atentos a todos os fatores, mas com o apoio do nosso torcedor, Mineirão lotado, confio que temos boas chances de buscar o resultado e mudar essa história. Dadas as circunstâncias, uma classificação eleva a moral da equipe na competição e também fora dela.



"O mais importante é o torcedor saber que ninguém aqui vai deixar de lutar e nem tirar o pé. Pode ser clichê, mas quinta é dia de coração na ponta da chuteira, de deixar tudo em campo para fazer o resultado que a gente precisa, porque o Cruzeiro é grande demais para qualquer discurso que não seja vencedor"

- Vejo no rosto de cada um a obsessão por virar esse placar, então vamos para o Mineirão fazer nosso papel da melhor maneira possível, buscando avançar às semifinais até o último lance. Repito, o Cruzeiro é grande demais para qualquer discurso que não seja vencedor.

939 visitas - Fonte: Globoesporte.com




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