Foto: Divulgação/Internet
No primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, em São Paulo, a torcida presente na Arena Palmeiras "pegou no pé" do lateral Egídio, do Cruzeiro. Vaias não foram poupadas ao lateral, que passou dois anos no Palmeiras, de 2015 a 2017, mas não deixou saudade nos torcedores. No jogo da volta, no Mineirão, a torcida da Raposa não deve ter o mesmo comportamento com Diogo Barbosa, que fez caminho inverso e saiu do clube celeste no fim do ano passado, depois de uma boa temporada no Cruzeiro, para assinar com o time paulista.
O GloboEsporte.com decidiu comparar os números de Egídio e Diogo Barbosa para ver que tem rendido mais na temporada 2018. Antes de aprofundar nos dados, vale destacar que Egídio já havia vestido a camisa do Cruzeiro - em 2013 e 2014, quando foi bicampeão do Brasileirão -, o que pode ter ajudado na adaptação mais rápida retomada ao clube.
Diogo Barbosa sofreu entorse traumática no tornozelo esquerdo, ainda na pré-temporada, e só voltou a jogar em abril. Depois, teve uma lesão muscular na coxa direita e perdeu mais 15 dias no departamento médico.
Egídio
Na principal competição que o Cruzeiro disputa na temporada, Egídio tem se destacado nas assistências: já deu seis passes para gol na Libertadores. Ainda não balançou as redes, mas também foi bem nos desarmes - foram 21, no total. O desafio do lateral é aumentar o número de cruzamentos certos (oito, até agora) para ajudar o clube na missão de virar o placar contra o Boca Juniors.
Na Copa do Brasil e no Brasileiro, Egídio não tem o mesmo rendimento em passes para gol. No torneio de mata-mata, ele não deu nenhuma assistência. No Brasileiro, deu apenas um passe que resultou em bola na rede, mas se destacou nos desarmes (38).
No período em que esteve em ação no Campeonato Mineiro, Egídio viu o adversário frequentar o departamento médico do Palmeiras. O lateral do Cruzeiro fez 13 jogos no Estadual, com uma assistência apenas. Nos desarmes ele foi mais efetivo, com 27.
Diogo Barbosa
A temporada não começou da maneira esperada. Devido a uma lesão no tornozelo, o lateral do Palmeiras fez apenas um jogo no Paulistão. No período em campo, ele teve tempo somente para realizar um desarme. Nenhum outro número de destaque.
Em relação ao Brasileiro, os números de Diogo são semelhantes aos de Egídio. Ele deu duas assistências na competição, com 27 desarmes. Os dois fizeram 16 jogos.
Na Copa do Brasil, Diogo Barbosa não tem assistência. O lateral se limitou, com base nos números, a marcar mais. Foram 16 desarmes em cinco jogos. Já, na Libertadores, o número de desarmes cai para oito, em seis jogos. A maior discrepância fica nas assistências: nenhuma a favor de Diogo, seis no saldo de Egídio.
Relembre as mudanças
O contrato de empréstimo de Diogo Barbosa com o Cruzeiro, obrigava o clube celeste a ter que cobrir qualquer oferta pelo lateral para exercer o direito de compra. No fim do ano passado, a Raposa detinha apenas 25% dos direitos, mas o Palmeiras ofereceu cerca de 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 23,4 milhões à época). O Cruzeiro tinha 48 horas para cobrir a proposta apresentada ao Coimbra, clube do Banco BMG e detentor dos direitos, mas, como não teve condições, optou por aceitar a compensação de 1,5 milhão de euros (R$ 5,8 milhões) pelo percentual que possuía.
Para repor a saída de Diogo Barbosa, o Cruzeiro escolheu justamente repatriar Egídio. O lateral, de 32 anos, estava em fim de contrato com o Palmeiras e veio sem custos.
Um outro episódio marcante para o duelo desta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), é que Diogo Barbosa, quando era jogador do Cruzeiro, fez um gol que valeu a vaga na semifinal, justamente contra o Palmeiras. Agora, o lateral está em lado oposto. E o compromisso no Mineirão vale uma vaga na decisão da Copa do Brasil.