Foto: Vinnicius Silva
Um documento assinado por seis ex-integrantes do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, no último dia 20 de agosto, pede o afastamento imediato de Itair Machado da vice-presidência de futebol do clube. A alegação é de que o dirigente deve deixar o cargo em função de ser réu em processos trabalhistas, penais e cíveis. O argumento dos ex-conselheiros e atuais sócios se baseia no artigo 30 do Estatuto Social do Cruzeiro.
O documento ao qual a reportagem do GloboEsporte.com teve acesso, pede que, além do afastamento imediato do dirigente, o clube abra procedimento administrativo para apurar os fatos e, caso a violação ao Estatuto seja confirmada, Itair se torne inelegível a qualquer cargo eletivo durante dez anos. Os ex-conselheiros alegam que os processos contra o vice-presidente “ferem a imagem e o prestígio do Cruzeiro Esporte Clube”, como citado na página cinco da representação.
Todos os integrantes do Conselho Fiscal; os vice-presidentes Hermínio Lemos e Ronaldo Granata; o vice-presidente executivo Marco Antônio Lage; o diretor geral Sérgio Nonato; e o presidente do Conselho Deliberativo Zezé Perrela, receberam a representação. Procurada pela reportagem, a direção do clube preferiu não comentar sobre o assunto. Segundo os ex-conselheiros que assinaram o documento, a presidência do Conselho ainda não se manifestou sobre a representação.
Processos trabalhistas
O nome de Itair Machado consta como réu em quatro processos no Tribunal Superior do Trabalho. Todos eles são referentes ao período em que o dirigente presidiu o Ipatinga, clube que teve, posteriormente, o nome alterado para Betim Esporte Clube.
ausas cíveis
Além disso, a representação cita o fato de o atual vice-presidente de futebol do Cruzeiro ser réu em ações cíveis na Justiça Estadual de Minas Gerais. Um dos processos pede a condenação de Itair por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito na época em que presidia o Betim. A causa proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais tem valor superior a R$ 7 milhões.
Ação penal
A representação entregue pelos ex-conselheiros também cita uma ação penal contra Itair Machado. De acordo com o documento, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro foi condenado a três anos e seis meses de reclusão pelo crime contra ordem tributária, cometido no ano de 1998.