Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Um dos destaques do Cruzeiro na temporada, o meia Arrascaeta mereceu elogios rasgados do técnico Mano Menezes após a vitória de 2 a 1 em cima do Fluminense, na noite desse sábado. O uruguaio não fez gol, mas participou do lance em que Raniel abriu o placar (vejan o vídeo acima).
Ao comentar sobre a atuação do camisa 10 - voltando para marcar, caindo pelo setor esquerdo - o treinador cruzeirense revelou o pedido que fez a ele para que mudasse a maneira de jogar e fosse o mesmo Arrascaeta da seleção do Uruguai.
- A partir de um determinado momento da preparação da seleção uruguaia, nós tivemos uma conversa. Eu peguei uma foto dele marcando na última linha defensiva na seleção do Uruguai e nós fizemos uma reunião. Eu elogiei muito o posicionamento dele. Ele ficou muito feliz. E, bom, agora vem a segunda parte: "Você também vai fazer isso aqui".
"Se você tem condições de fazer lá, você tem condições de fazer aqui. E nós precisamos que você faça."
Mano Menezes ainda destacou a dificuldade que os jogadores de meio-campo têm para jogar mais pelas laterais. E citou a situação do Robinho.
"Por isso que os meias não gostam de jogar lá, todos querem jogar pelo meio. Pergunte ao Robinho se ele quer jogar na beirada."
- Robinho quer jogar na beirada porque a vaga que tem pra ele é lá na beirada, mas se ele puder escolher... eu já ouvi ele dizer: “Eu gosto de jogar mais por dentro”. Claro! Não precisa acompanhar o lateral quase até a linha de fundo... É duro! São são 60, 70 metros de recomposição, às vezes. O jogador se desgasta, precisa uma doação dele. E às vezes a equipe sofre mais com a posse de bola do adversário. Então, nesses jogos é mais necessário ainda ele voltar.
Arrascaeta na seleção
Ainda falando sobre a ida de Arrascaeta para a Copa do Mundo, o treinador do Cruzeiro citou um comentário feito pelo meia a respeito do estilo de jogo que enfrentou no Mundial da Rússia. Ele falou, também, do desejo do camisa 10 de voltar a jogar pela seleção uruguaia.
- Quando nós conseguimos empurrar o adversário mais, quando nós conseguimos controlar mais o jogo, esse meia precisa fazer menos. E às vezes nós temos que fazer uma cobertura pra ele não voltar tanta vezes um volante nosso por fora ou empurrando um lateral pra segunda linha, como às vezes a gente faz com o Egidio pra que eles se economizem um pouco pra serem decisivos na hora de pegar a bola, como ele tem sido pra nós. É importante que seja assim. Então, depois da Copa, ele voltou ainda melhor na ideia do que é um futebol de ponta, de seleção. Primeira observação que ele fez foi: “Os caras são muito intensos, são muito fortes”.
"E você só tem dois caminhos: ou você desiste ou você se prepara melhor pra voltar lá. E ele quer voltar. Ele está se preparando pra voltar lá. E nós saímos ganhando com isso.