Bruno Haddad/Cruzeiro

Após se destacar no Botafogo, Bruno Silva despertou interesse do Cruzeiro, que desembolsou R$ 4 milhões à vista para contar com o reforço para a temporada 2018. Se dentro campo o volante ainda não rendeu o esperando em Belo Horizonte, fora dele ainda é motivo de assunto entre os clubes.



Isso porque, além do primeiro pagamento, o Cruzeiro havia cedido direitos econômicos de Rony aos cariocas. O problema é que os mineiros não sabiam que o atacante ainda estava vinculado ao Albirex Niigata, do Japão. Em dezembro de 2016, o clube japonês havia depositado R$ 4 milhões pelo empréstimo do jogador por mais três temporadas. A confusão foi criada porque tudo foi acertado devido a uma cláusula automática que havia no contrato e foi exercida pelos asiáticos.

Rony já treinava no Botafogo e teve que voltar ao Japão. Sem o jogador, o Alvinegro cobrou R$ 1 milhão, valor previsto no contrato caso não houvesse acordo com o atacante. O Cruzeiro aceitou pagar e pediu um prazo, vencido no dia 12 de fevereiro. Os clubes conversaram e decidiram parcelar o valor.

São cinco parcelas de R$ 200 mil. Até agora, o Botafogo só recebeu a primeira. Em atraso, o Cruzeiro aposta na boa relação com os cariocas por um acordo em relação ao débito. Sem dinheiro, a equipe de Belo Horizonte mantém conversas com o antigo clube de Bruno Silva por um acordo sobre a dívida.

O problema é que a paciência do Botafogo parece próxima do fim. O novo imbróglio será discutido nessa semana, e o Alvinegro poderá acionar a Confederação Brasileira de Futebol para exigir o pagamento da dívida – faltam R$ 800 mil.
"É uma situação muito chata. Ainda falta receber um valor e o Cruzeiro está atrasado. Vamos conversar no clube para saber qual caminho seguir, mas pode chegar a uma situação jurídica", disse o vice-presidente jurídico do Botafogo, Domingos Fleury.