Fotos: Divulgação / Cruzeiro
Alisson Guimarães
Com o objetivo de fazer do Cruzeiro uma instituição ainda mais moderna e atualizada, sendo referência dentro e fora de campo, a diretoria estrelada tem investido cada vez mais na estrutura física do Clube. E o rendimento e preparação dos atletas profissionais têm recebido atenção especial do Presidente Wagner Pires de Sá, juntamente com o Vice-Presidente de Futebol Itair Machado, e toda a cúpula celeste.
No início desta semana, a Toca da Raposa II recebeu um exemplar da Criosauna, um dos equipamentos mais modernos aplicados na preparação física no esporte nos dias atuais. Espécie de terapia a frio, a Criosauna ajuda na recuperação do esforço muscular intenso, auxilia no alivio das dores, e ainda colabora na prevenção de lesões.
A máquina reforça toda a estrutura física do CARE – Centro Avançado de Recuperação Esportiva – e já vem sendo utilizada em caráter experimental pelos jogadores do elenco estrelado.
O fisioterapeuta Charles Costa destaca que a Criosauna vem de encontro aos objetivos traçados pela diretoria, que é o de preparar bem os atletas para o calendário extenso e competitivo do futebol brasileiro.
“A nova gestão do Presidente Wagner e do Itair tem apostado muito em novas tecnologias, com o objetivo de otimizar o desempenho dos atletas e reduzir as lesões ao longo da temporada, algo importante para o objetivo do Clube, que é o de ir bem em todas as competições. Fomos premiados com a Criosauna, que tem como grande objetivo reduzir os índices de desgastes metabólicos, os fisiológicos de fadiga e, assim, permitir que os atletas consigam, entre treinos e jogos, se recuperar de uma forma mais rápida”, destacou.
Para Charles, o programa de recuperação dos jogadores especialmente no período crítico após as partidas só tem a ganhar com a nova aquisição do Clube.
“A Criosauna é mais um desses equipamento que o Cruzeiro adquire para o seu Program Recovery. Quando um atleta recebe uma carga de atividade muito grande, há um decréscimo natural em sua capacidade física e de rendimento. O intervalo de jogos no Brasil é insuficiente para a recuperação plena. Desta forma, recursos como este auxiliam na abreviação desse período de recuperação dos jogadores entre as atividades de alta performance”, reforçou.
Diretor Médico da Raposa, Sérgio Campolina pontua que, nos últimos anos, são diversos os estudos que apontam que o desgaste físico dos atletas decorre, especialmente, da maratona de jogos.
“Dentro do projeto de recuperação do nosso departamento, tivemos um cuidado especial em tentar quebrar o rótulo de trabalharmos apenas o tratamento de lesões. Queremos trabalhar, também, a prevenção. Nisto, vimos que o maior vilão da temporada será justamente o alto número de jogos. Assim, precisamos do que se tem de melhor no mercado para recuperarmos nossos atletas. Dentro dessa perspectiva, a literatura ligada ao esporte indica que a Criosauna é um dos elementos de maior importância. Ela consegue através de um choque térmico fazer um trabalho global no organismo em uma temperatura que chega a até -170ºC, para que o atleta tenha uma recuperação muscular pós-esforço”, relata.
Campolina reitera que o intervalo entre jogos no calendário brasileiro, especialmente, vai em direção contrária ao que a Fifa julga como ideal para a recuperação física satisfatória.
“No último congresso mundial da Fifa, realizado em Barcelona, se discutiu bastante a prevenção de lesões. E foi constatado que o que há de mais nocivo para as lesões é justamente o alto número de jogos. Na ótica da Fifa, o intervalo ideal entre jogos deve ser de cinco dias para que os atletas tenham recuperação plena, algo que é inviável para o nosso calendário atual. Como temos jogos praticamente a cada três dias, precisamos nos adequar. E a Criosauna é um dos elementos que utilizaremos junto com todas as outras medidas fisioterápicas e de preparação física que já fazemos”, revelou.
Segundo o médico estrelado, as novidades não param por aí. Em um futuro próximo, chegará à Toca II outro equipamento que visa auxiliar de forma efetiva a preparação e recuperação dos atletas.
“O outro elemento de sustentação do nosso departamento será a esteira antigravitacional, chamada AlterG, que tem como princípio central o trabalho aeróbico sem sobrecarregar as articulações. Então, em casos específicos nossos, para atletas com lesões articulares, que já tiveram lesões musculares, ou até mesmo os que venham a estar em tratamento, esta esteira será um grande diferencial para a recuperação deles”, informou.