Cruzeiro está em negociação para a renovação com a Caixa Econômica (Foto: Maurício Paulucci)

Com o calendário garantido para a temporada 2018, o Cruzeiro já se planeja em todos os departamentos. Se, no futebol, o clube negocia a permanência de Mano Menezes e também para a contratação de jogadores, na parte comercial as atenções são para garantir e ampliar receitas para a próxima temporada, tendo em vista que a Raposa voltará a disputar a Taça Libertadores, após dois anos. A certeza é que haverá mudanças para a próxima temporada.



Um dos eixos de atenção é a renovação com o patrocinador máster: a Caixa Econômica Federal. Segundo Robson Pires, diretor comercial do Cruzeiro, já há uma conversa com a instituição bancária, e o clube está confiante na ampliação do vínculo. Entretanto, a resposta só sairá na primeira quinzena de dezembro. Nela, haverá uma valorização à Raposa, que disputará a Libertadores. Atualmente, o clube recebe R$ 12,5 milhões anuais.

- Existe um contato direto, normal do próprio contrato de patrocínio, por causa das contrapartidas no compromisso, nos acordos. Agora, na final da Copa do Brasil, por exemplo, o presidente da Caixa participou, veio ao Mineirão, fizemos um encontro com ele. A gente tem um contato direto em Brasília. A gente sabe, por parte deles, que há o interesse. Mas, efetivamente, só haverá uma definição no início de dezembro, quando o orçamento da Caixa será efetivamente liberado para o ano seguinte. Uma definição, para todos os clubes, ocorrerá em dezembro, na primeira quinzena, até o dia 15. Mas há uma conversa, e a gente acredita que será renovado. Mas a definição é só em dezembro.

Cruzeiro tem acordo com a Caixa desde o início de 2016 (Foto: Washington Alves/Light Press)

Diante ainda da incerteza se haverá a continuidade da Caixa, Robson faz questão de tranquilizar. Segundo ele, caso o banco não continue - e essa possibilidade é tratada como difícil de acontecer nos bastidores -, o Cruzeiro já trabalha com outras possibilidades, sem ainda ter aberto nenhum tipo de negociação.

- Nós conversamos, em um trabalho de mercado, que é feito diariamente, constantemente. A gente conversa com outras empresas, mantém o trabalho de prospecção naturalmente. Existem outras propriedades que a gente trabalha: licenciamento, patrocínio, camisa, publicidade. Então, a gente mantém essa conversa constantemente com grandes empresas. Hoje, a gente não pode oferecer, porque tem um contrato vigente. Mas, evidente que, se não renovar, temos empresas em contato para trabalhar.

Mudança na camisa

Sobre outros patrocinadores, Robson disse que negocia uma alteração contratual com a Vilma Alimentos. A marca está estampada na manga das camisas, mas passará, a partir do próximo ano, a ficar dentro da numeração da camisa. Atualmente, não há patrocinador nos números do uniforme. Um novo parceiro para as mangas é buscado no mercado.

Vilma Alimentos passará a ser estampada nos números da camisa (Foto: Divulgação / Cruzeiro)

- Todos estão garantidos para o ano que vem. O que vamos ter é uma pequena mudança na Vilma, estamos negociando a renovação, mas acreditamos que não fique nas mangas, provavelmente vai para os números de camisa de jogo. Estamos negociando com outras empresas para as mangas, mas eu não posso comentar, porque ainda está indefinido.

Receita na Libertadores

Pentacampeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro já está garantido na fase de grupos da Libertadores. A definição dos adversários sairá em 20 de dezembro, em sorteio a ser realizado na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai. Segundo Robson, a previsão de um ganho total, só na primeira fase, é de R$ 12 milhões, somando cotas e bilheteria.

Bicampeão da Libertadores, Cruzeiro voltará a disputar a Taça Libertadores e buscará o tricampeonato (Foto: Divulgação/ Cruzeiro)

- Na primeira fase, por exemplo, serão seis jogos, quatro clubes por chave. Teremos três jogos em casa. Se considerar receita de bilheteria que a gente faz na Libertadores, tendo uma boa expectativa, que é um grande jogo para o torcedor, se a gente fizer uma expectativa, vamos colocar um R$ 1,5 milhão, R$ 2 milhões por partida de bilheteria, mais as cotas que temos para jogar fora, já é uma boa previsão nessa primeira fase, na faixa de R$ 12 milhões, um pouco mais, um pouco menos, porque você vai ter receita de bilheteria e das cotas para jogar.