Thiago garante que não tem pretensões de disputar a condição de goleador com Rafael Sobis / Divulgação/Cruzeiro

Seja em cobranças de falta, escanteio ou com a bola rolando, Thiago Neves demonstra grande capacidade de colocar os companheiros em boas condições para fazer gols. Na quarta-feira passada, ele deu passe em direção a Rafael Sobis, que dominou a bola sem marcação e marcou o tento da vitória celeste sobre o Grêmio por 1 a 0, em Porto Alegre. Foi a 12ª assistência de Neves na temporada. Se depender da vontade dele, os números vão aumentar no duelo com o Coritiba, às 19h30 desta quarta-feira, no Couto Pereira, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.



“Procuro servir quem está melhor posicionado. Não sou fominha. Perto do gol, vejo quem está melhor para finalizar. No último jogo era o Rafa. É isso que está facilitando as assistências. Na bola parada estou caprichando bastante também, a gente tem jogadores com capacidade para fazer os gols. Quem sabe contra o Coritiba uma ou duas (assistências) para atingir essa meta”, disse o camisa 30, em entrevista na manhã desta segunda-feira, na Toca da Raposa II.

Thiago Neves também é decisivo balançando a rede. Em 48 jogos no ano, ele contabiliza 13 gols. O artilheiro do time é justamente Rafael Sobis, com 16. Apesar da proximidade dos números, Thiago garante que não tem pretensões de disputar a condição de goleador com o amigo.

“A obrigação dele é fazer gols. Eu sou meia, tenho que servir (risos). Rafa, Sassá, esses aí que têm de ser os artilheiros do time. Estou ali para servi-los. Chego devagarzinho, mas não estou preocupado em ser o artilheiro do time. Deixo para o Rafa, até pelo momento ruim que ele estava passando. Fico feliz por ele ser o artilheiro do Cruzeiro nesta temporada”.

Metas

No início da temporada, Thiago Neves havia estabelecido a meta de fazer 20 gols e dar 15 assistências. A segunda parece próxima, já que ele é o responsável pela bola parada da equipe. A primeira está distante, conforme admitido pelo próprio atleta.

“Vinte gols para um meia é muito complicado, muito difícil. Mas isso me motiva a melhorar. O importante é chegar a 15 assistências”.

O jogador também comentou a importância de manter a boa sequência no returno (atualmente de seis vitórias, dois empates e uma derrota) para, quem sabe, brigar pelo vice-campeonato nacional ou até mesmo vislumbrar o título – o Cruzeiro é o quinto colocado, com 47 pontos, 11 a menos que o líder Corinthians.

“É o nome de todo mundo que está em jogo. O Corinthians chegou a abrir 20 pontos da gente, agora já estamos encostando. É importante para o clube também ficar com o vice-campeonato. É correr atrás dos outros, torcer por outros tropeços e fazer a nossa parte. Não tem que pensar em ninguém, a gente está tranquilo no campeonato. Se tiver que ser o vice, que seja, está valendo. O título da Copa do Brasil e o vice-campeonato brasileiro estariam de bom tamanho”.